Monange e a Sua intuição tipográfica
Desenhar fontes de varejo – não encomendadas por um cliente específico – é uma dinâmica surpreendente. São centenas de horas investidas na criação de algo que não sabemos onde irá parar. Será utilizada por quem? De que forma? Irá se comportar no contexto lá fora, na vida real? Irá circular nas companhia de quais outros elementos? Irá se enturmar com eles? Será que eu fiz tudo o que poderia para preparar ela?
A analogia com a criação de um filho e vê-lo deixar nossos braços para cair no mundo não são mera coincidência. Uma vez lançadas, as fontes saem do nosso controle. Podem se perder no caminho. Fontes educadas para títulos acabam sendo usadas por textos longos; algumas tem o espaço entre suas letras dilacerado por aplicativos gráficos ignorantes, ou ainda, tem seus traços amassados para caber num layout claustrofóbico.
A nova estratégia de marca e design da Monange, criada pelo estúdio Ana Couto, foca no poder da intuição feminina, em seguir o coração; e acerta em cheio ao adotar a fonte Sua:
“Buscávamos um tipo para dialogar com as formas curvas do sistema e reforçar aspectos da personalidade da marca Monange. A Sua se mostrou uma boa escolha por conta do equilíbrio que apresenta. Há uma certa neutralidade que por vezes é surpreendida pelas terminações inusitadas em letras como o ‘a’ ou ‘g’, se tornando uma presença reconhecível e memorável. Ela pode ser ao mesmo tempo delicada e corajosa, assim como a mulher Monange.” – Johnny Brito, designer sênior na Ana Couto.
Parabéns! O pai da fonte aqui, está super orgulhoso : )
Obrigado Johnny, Fernanda, Danilo e toda a equipe pela confiança, sempre.