Ipiranga: Gerando valor para a marca através da tipografia

A Ipiranga reposicionou sua marca para oferecer uma nova proposta de experiência para os consumidores nos postos da rede. Com o novo propósito de “abastecer a vida em movimento”, a companhia quer estar presente nas diversas jornadas de mobilidade das pessoas. A convite da Superunion, pegamos carona e auxiliamos neste processo, onde atuamos no novo logotipo e na criação de uma fonte sob medida, exclusiva.

Para conectar a tipografia com o design e o negócio de Ipiranga, iniciamos com nosso workshop, mapeando com a Superunion e representantes de diversas áreas da Ipiranga, a estrada que teríamos pela frente, os desafios e nosso destino final. Iluminamos as oportunidades de melhorias relacionadas ao uso das antigas tipografias, mapeamos a personalidade da marca em termos tipográficos, descobrimos como estes conceitos são traduzidos em formas visuais pela Ipiranga, além de acordar os critérios de sucesso do projeto.

Com este roteiro bem alinhado, a viagem se revelou um passeio. A personalidade da nova tipografia precisava ser humana, com um toque de descontração. Ter ousadia na medida certa para, com o tempo, gerar reconhecimento de marca: ao ler uma palavra, o Brasil saberia que é a Ipiranga falando. Para isso, a unidade visual em todas as manifestações é vital — seja no cardápio da padaria da AmPm, no preço do combustível, até os posts em redes sociais ou placas publicitárias em campos de futebol. Ou seja, a tipografia precisava ser versátil e funcionar bem em diversas situações.

Na apresentação de 12 ideias tipográficas, onde a Ipiranga poderia escolher duas para avançar no projeto, a empresa foi certeira. Uma ideia chamou a atenção de todos e entregou tudo o que era preciso. Seguimos o caminho com segurança.

A construção simplificada, sem esporas nas letras ‘m’, ’n’, ‘r’ e ‘u’, salta aos olhos e revela uma certa informalidade e praticidade. As terminações afinando revelam uma diferença de espessura entre traços grossos e finos, resultado da gestualidade da caligrafia, um forte elemento humano. A construção bastante aberta de letras como ‘c’, ‘e’, ‘r’ e ’s’ facilita a legibilidade em tamanhos pequenos, assim como a nitidez na renderização em dispositivos digitais.

A expressividade e legibilidade são balanceadas com precisão através de duas versões da tipografia: Títulos e Textos. Nesta última, como a prioridade é a legibilidade e acessibilidade, as letras ‘m’, ’n’, ‘r’ e ‘u’ ganham esporas numa construção mais convencional. Enquanto na tipografia Títulos a letra ‘a’ acelera o processo de gerar reconhecimento ao replicar a forma presente no logotipo, na versão Textos ela tem um desenho mais legível, o distanciando de outras letras redondas.

Agora, cada palavra escrita pela Ipiranga é uma oportunidade de acelerar o processo de diferenciação de sua imagem, com segurança, e gerar valor para a marca.

Ana Laydner, Eduilson Coan, Henrique Beier e Fabio Haag; Superunion: Marcelo Bicudo (CEO e sponsor), Fernanda Klebis Dias (Head de negócios), Aline Farkuh Mazini (Atendimento e gestão de projeto), Raquel Sztejnberg (Head de estratégia), Janet Riddell, Felipe Ribeiro e Luis Moreira (Estratégia de marca), Heitor Piffer (Diretor executivo de criação), Shingo Sato, Amanda Bellani, Paula Robinson, Nicole Rauen, Gabriel M. Ramos, Gabriel Gonçalvez e Antonio Werneck (Design), Juliana Machado e Giulia Machado (Redação), Giovanna Falconi (Arquitetura), Rafael Barnete (Motion) e Gomus Music (Sound branding).

Fontes sob medida materializam estratégias de marca, carregam sua personalidade individual e DNA em cada palavra escrita. Vamos conversar? Vamos conversar?